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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Canto VI-Os Lusíadas




Após as festas de despedida, a armada larga de Melinde para prosseguir a viagem até à Índia, levando a bordo um piloto melindano. Entretanto Baco desce ao palácio de Neptuno, a fim de incitar os deuses marinhos contra os portugueses, pois vê-os quase a atingir o império que ele tinha na Índia. Baco é recebido por Neptuno no seu palácio e explica-lhe os motivos da sua vinda.
Por ordem de Neptuno, Tritão vai convocar todos os deuses marinhos para o concílio. Assim que se encontram todos reunidos, Baco profere o seu discurso, apresentando honesta e claramente as razões da sua presença. As lágrimas interrompem-lhe a dado momento as palavras, fazendo com que de imediato todos os deuses se inflamassem tomando o seu partido. Neptuno manda a Eolo recado para que solte os ventos, gerando assim uma tempestade que destrua os portugueses (estâncias 6-37).
Sem nada pressentirem, os portugueses contam histórias para evitarem o sono, entre as quais a dos Doze de Inglaterra (estâncias 43-69). Quando se apercebem da chegada da tempestade, a fúria com que os ventos investem é tal que não lhes dá tempo de amainar as velas, rompendo-as e quebrando os mastros. É tal a fúria dos elementos que nada lhes resiste. As areias no fundo dos mares vêem-se revolvidas, as árvores arrancadas e com as raízes para o céu e os montes derribados. Na armada a situação é caótica. As gentes gritam e vêem perto a perdição, com as naus alagadas e os mastros derribados. Vendo-se perdido, Vasco da Gama pede ajuda  à Divina Guarda.
Vénus apercebe-se do perigo em que os portugueses se encontram e, adivinhando que se trata de mais uma acção de Baco, manda as Ninfas amorosas abrandarem as iras dos ventos. Quando a tempestade se acalma (estâncias 70-85), amanhecia e o piloto melindano avista a costa de Calecut. O canto termina com a oração de agradecimento de Vasco da Gama e com uma reflexão do poeta acerca do verdadeiro valor da glória.

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